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© os desafios da abelha

se te sentes sem inspiração para escrever, aqui há muitas ideias. "os desafios da Abelha" - todos criados por mim - não têm limite temporal, podes participar quando quiseres.

© os desafios da abelha

01
Set20

desafio rainy day

Ana a Abelha

desafio rainy day


hoje desafio-vos a escrever sobre um dia de chuva, no máximo, 100 palavras.
usa a tag: desafio rainy day, para ser mais simples encontrarmo-nos.

rainy day é o endereço do blogue onde tudo começou. explico » aqui « porquê.

NOTA: este desafio teve início a 1 de Setembro de 2020 e será deixado a vogar pela blogosfera
para todos os que lhe quiserem dar continuidade.

IMPORTANTE: publica o link deste post, para quem nos lê ter acesso a todos os textos.
mesmo quem não é desafiado formalmente, pode entrar no desafio.

O TEXTO DA ANA DE DEUS

à chuva a rapariga seguia-o intrigada
o rapaz à chuva fazia-se despercebido
ela começou a andar encharcada
ele parou para ela não molhar o vestido 

partilha connosco a tua relação com os dias de chuva ou um acontecimento memorável que tenha sucedido num dia de chuva. por exemplo, o meu primeiro namorado, quando eu tinha treze anos, andava sempre à chuva como se estivesse o mais radioso dia de sol. para passear com ele, aprendi a gostar de andar à chuva. já dancei à chuva e foi extraordinário. engravidaste num dia de chuva? casaste num dia de chuva? deste o teu primeiro beijo num dia de chuva? de que gostas mais dos dias de chuva? não gostas de dias de chuva? porquê! deixa as tuas memórias fluirem livremente e partilha-as, no máximo, em 100 palavras.

O TEXTO DA MARTA - O MEU CANTO

Um dia de chuva pode trazer consigo tantos sentimentos diferentes.
Quem anda à chuva, molha-se. E quem nunca apanhou chuva até ficar ensopado?
Não é uma sensação agradável. E esqueçam a versão romantizada da cena!
Há a chuva “molha tolos”, que parece que não molha ninguém, mas não passa de uma ilusão.
E a chuva civil, que dizem que não molha militares, mas digam-lhes isso depois de andarem debaixo dela.
É verdade que chuva não quebra osso, mas também nem sempre traz saúde.
Uns dias proporciona-nos alegria. Gostamos dela. Sabe-nos bem.
Outros, aborrece. Chateia.
E queremo-la bem longe de nós!

O TEXTO DA MAFALDA - THE ART OF LIVING

Não era hábito a chuva entristece-la, ninguém sabe porquê a menina tinha um hábito peculiar de gostar de coisas que ninguém gosta como o cão vadio que morde, como as madrastas das amigas, como lavar roupa e por a mesa.

Sentia uma certa proximidade daquelas coisas às quais as pessoas torciam o nariz. Talvez porque era um bocadinho como elas, não muito bonita e com gostos estranhos para os meninos da sua idade.

Mas na chuva encontrava a sua melhor amiga e, enquanto no recreio os meninos olhavam estupefactos enquanto ela avançava em direcção ao vendaval, ela pensava que eles não sabiam, a felicidade de ter uma amiga, que nos abraça e encharca de amor, como a chuva.

O TEXTO DA SASSÃO - UM AMIGO DE FIM DE TARDE

Em pequena, adorava chuva. 
A seguir vinha a cheia que inundava o quintal e, por vezes, a cozinha.
Era uma festa ter o Tejo ali nas panelas!
 
Lembro-me de vir da escola apanhar a chuva que podia ... só para em casa ter o céu num banho quente, um copo de leite com Tody e pão com manteiga e açúcar. 
... Nada disto me saberia tão bem se chegasse a casa enxuta! 
 
A minha mãe, quando chovia, tinha vontade de papas de milho, como a mãe dela.
Agora, também eu amorno assim as tardes chuvosas. 
E fico mais perto da infância...
 
 

Chuva

Sinto nas mãos as lágrimas mansas
Caídas de um céu cinzento.
São cristais de vida, recompensas
Que doravante eu acalento.

Sinto na face as lágrimas frias
Tombadas de um negro sentido
Relembro longas noites e dias
De um amor quente e unido.

Sinto na roupa as lágrimas pesadas
Repletas de força, poder e estreiteza.
Vivo de ideias, de sonhos e estradas
Todas alinhadas na minha tristeza.

Ai lágrimas, lágrimas do céu!
Por que te chamaram de chuva?
Se não és mais que um véu…
Da minha amargura uma luva!

AVENTURAS DO JOSÉ DA XÃ

Naquele ano a peregrinação fez-se por Santarém. Naquela tarde partimos de Valada para a última etapa do dia. O tempo estava cinzento escuro. Demasiado escuro para a nossa vontade.

A chuva desata a cair com intensidade. Durante quilómetros intermináveis caminhámos no meio de lama, poças de água e chuva.

Perto da estrada de alcatrão uma peregrina colocou a sua sombrinha estragada à minha frente. Num ápice estava estatelado no chão.

A roupa mudou de cor, alguns elementos da equipa de apoio que assistiram não evitaram sonoras gargalhadas... e eu furibundo, maldizia a minha triste sorte...

Mal sabia eu...

O TEXTO DA BRUXA MIMI

Em agosto de 1995, fui à Escócia, com algumas colegas de curso. Segundo nos disseram os escoceses, levámos connosco o bom tempo: três semanas de sol (e alguma chuvinha ocasional, mesmo, mesmo levezinha). Nós estávamos nos arredores de Glasgow, mas, onde quer que fôssemos, à tarde depois das aulas, ou aos fins de semana, o sol ia connosco. O único dia em que choveu bastante foi aquele em que visitámos Edimburgo. Resultado: esta bela cidade ficou-me na memória como feia e sombria. Tudo por culpa da chuva! (No ano seguinte voltei, e, com sol , pude apreciar Edimburgo como deve ser.)

O TEXTO DA CHARNECA EM FLOR

Sentada no sofá, olho pela janela e vejo a chuva a cair. Aninhada debaixo de uma mantinha e com um livro por companhia, até sabe bem escutar o som da chuva lá fora. O vento faz rodopiar as folhas dos plátanos do jardim. A casa cheira a maçãs e canela. No forno está um bolo a cozer. É um típico dia de Outono, tão saboroso quanto cinzento. Quando o bolo estiver pronto, vou fazer um delicioso chocolate quente para acompanhar. E não preciso de mais nada para ser feliz.

O TEXTO DA POR DETRÁS DAS PALAVRAS

O céu pintou-se de cinzento. As nuvens, carregadas de água, ansiavam pela libertação; cá em baixo, a natureza sufocava com o calor.

A libertação chegou. Do céu brotaram gotas gordas que afagaram aqueles que a esperavam.

Lúcia saiu à rua e ergue o rosto para receber na face a carícia da água. Fechou os olhos para absorver o som das gotas a despedaçarem-se no chão, o cheio de terra seca que ganha vida… Rodopiou ao som da música aquática que se enriquecia com alguns trovões. Dançar à chuva era sinónimo de vida e libertação. A chuva lava-lhe a alma.

O TEXTO DA BII YUE

O ar quente e saturado começa a fazer-se sentir, contrastando com o frio desse dia. As enormes nuvens negras movem-se rápido no céu e ao longe ouve-se o som dos trovões. Ela inspira aquela energia no ar e decide ir preparar-se para a tempestade de final de verão, início de outono que estava a criar-se.

No chão junto à janela, coloca mantas, almofadas, o computador e um livro. Começa a preparar o chá, quando começam a cair as primeiras gotas. Abre a janela e respira aquele cheiro tão bom e recomfortante. A terra começa levemente a ser molhada por gotas grossas que vão aumentando de frequência. O gato vêm enrolar-se nas pernas a observar e uma tentativa falhada de fugir lá para fora.

O chá fica pronto e vai enroscar-se no cantinho que construiu a observar a chuva a cair lá fora. Poucos minutos depois o gato dá as suas voltas e deita-se junto as suas pernas. Naquele ambiente fica a saborear o chá, enquanto os seus pensamentos divagam e ideias para um novo texto iam surgindo. Pega no computador e começa a escrever ao som da chuva no telhado e na janela. 

Embalada pela descargar de adrenalina e o aconchego criado, o corpo começa a ficar pesado e os olhos a quererem fechar. Rende-se ao sono naquele dia de tempestade.

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