era uma vez uma mulher que quando acordou do coma só miava.
o nome do blogue e a hashtag correcta é: os desafios da Abelha
hoje desafio-te a escrever uma história, no máximo com 200 palavras, que comece assim:
Era uma vez uma mulher que quando acordou do coma só miava.
NOTA: este desafio teve início a 15 de Março de 2021 e será deixado a vogar pela blogosfera
para todos os que lhe quiserem dar continuidade.
IMPORTANTE: publica o link deste post, para quem nos lê ter acesso a todos os textos.
mesmo quem não é desafiado formalmente, pode entrar no desafio.
tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu, tu e tu.
CONVITE: VAMOS HUMANIZAR OS DESAFIOS? LÊ PELO MENOS 2 TEXTOS ANTERIORES AO TEU,
NESTE DESAFIO OU NO ANTERIOR E VISITA O BLOGUE DOS AUTORES PARA DEIXARES UM COMENTÁRIO.
Acordou com os raios de sol. Um dos seus gatos estava enroscado a si. Ficou uns momentos a saborear e a apreciar a serenidade. Levantou-se e foi à sua rotina de dia de semana e de estar a trabalhar de casa. Lavar a cara, vestir roupa mais confortável, café, ligar o computador. Estava tao concentrada na sua to-do list que se esqueceu que tinha uma zoom call. Coloca os headset, liga a camara e quando vai para falar "miau, miau, miau". O seu gato estava no seu colo e pensou que fosse ele a miar, por isso continuou a falar até que as pessoas do outro lado da camara terminaram a conversa a pensar que ela estivesse a gozar. Ela olhar para o seu gato e ouve "já nao era sem tempo, quero mais comida!".
Mia crescera com o estigma do seu nome que odiava pois era alvo das piadas dos seus amigos que insistentemente repetiam “Mia, porque não mias”.
De dia, tentava não tropeçar nos gatos que ronronavam no seu quintal, espreguiçando-se preguiçosamente sob os raios do sol, os mesmos que à noite competiam em serenatas de miados debaixo da sua janela.
Naquele dia em que amanhava umas belas postas de pescada, foi atender a vizinha que lhe tocara à porta a pedir um raminho de salsa, e quando voltou, tinha a cozinha cheia de gatos que saltaram pela janela para lhe roubarem o peixe.
A vociferar, de vassoura na mão, iniciou uma corrida em barda atrás dos gatos ladrões.
Escorregou num ramo de salsa que deixara cair sem querer, bateu com a cabeça no chão e foi para o hospital em coma.
Quando acordou do coma só miava para espanto geral.
Chamaram a curandeira lá da terra que logo descobriu que tinha sido alvo de mau olhado da vizinha a quem dava salsa.
Depois de umas rezas, umas mezinhas e uns pós de pirlimpimpim, Mia deixou finalmente de miar, passando a divertir-se com a sua vizinha que de um momento para o outro passou a zurrar.
Era uma vez uma mulher que quando acordou do coma só miava. Mas, para seu grande choque, nenhum dos médicos ao seu redor lhe ligava. Foi apenas quando se calou por uns momentos, que reparou, finalmente, nos sons que saíam das bocas dos demais pacientes. Enquanto uma senhora de idade cacarejava, de pé, numa cama articulada, uma jovem rapariga uivava ao sol do meio-dia, na janela empoleirada, e com a bata de hospital já meia rasgada. Com o coração quase a sair pela boca, cerrou os olhos e imaginou-se num asilo, a menos de três quartos do caminho para chegar a louca. Mas, felizmente, acordou do pesadelo muito antes de lá entrar e confessou – ainda que a medo – saudades da sua efémera habilidade para miar.
era uma vez uma mulher que quando acordou do coma só miava. os médicos estavam preocupados, nunca tal lhes acontecera. tinham o dever de chamar a família, deviam prepará-la para este seu novo estado, a sociedade é ingrata, poderiam sofrer com isso.
quando os dois filhos chegaram ao hospital, um dos médicos comunicou-lhes que a mãe tinha acordado do coma, estava a recuperar muito lentamente, iria levar tempo a ser um pessoa "normal". mas com paciência e o carinho que eles lhe dariam, ela ficaria bem. mas tinha um senão para lhes contar: ela não falava, ela miava.
e foi então que os filhos responderam: " não se preocupem, doutores. contavamos que isto viesse a acontecer. é que toda a nossa vida ouvíamos o nosso pai dizer "xiu! cala-te gata rabugenta, mias, mias, mias e não dizes nada".
Eu acredito que isto sejam uma viagem bem alucinada. Foi contado pela Avó duma Amiga minha. Sabem como se diz: Nunca desconfie dum idoso. E a Avó dela é tão fofinha, porquê desconfiar, não é mesmo?
Ela contou-nos uma versão da história de Santa Natália, uma Santa que eu adoro, só porque a Mãe dela se chama Liliana e essa Mãe casou-se duas vezes. Essa versão eu não conhecia e fiquei logo fascinada! Vou tentar relatar, direitinho:
Era uma vez uma mulher que quando acordou do coma só miava. Essa mulher foi convertida a Santa por isto mesmo. A Santa Natália. Ela acordou no dia 27 de Julho, dai ser o seu dia. Ela era casada com Aurélio, mas ele era muito, mas mesmo mulherengo. Deixou-se encantar por uma Bruxa, de seu nome, Bárbara. Ela estava bastante apaixonada por Aurélio e queria que retribui-se com todo o seu amor. Mas isso não lhe chegada. Queria ser a Esposa dele. Não pensava em mais nada. Fez uma poção para a matar e entregou a Aurélio, porém, disse que serviria para fazer tudo o que ele mandasse. Aurélio só querias as terras da Família de Natália. Ele estava ansioso por colocar todas as terras em nome dele, porém, ela quando tomou, caiu redonda no chão e ele desesperou. "Aquela Bruxa envenenou a minha Mulher!", entendeu logo. Chamou o Médico da Família. Pagou-lhe para fazer de tudo para recupera-la e ainda avisou que se a querida Esposa dele morresse, o Médico seria enforcado em praça pública. O Médico fez tudo que pode e que não pode. Esteve à cabeceira dela, dia e noite. O Médico achava que ela estava morta, mas não ousava dizer tão coisa ao Marido da mesma. Inventou um novo termo: coma. Daria para se manter com vida alguns dias, antes que corpo entrasse em decomposição. Tentava pensar num plano para fugir dali com vida. Mas, uns dias depois acordou com um miado. Ele pensava que estava a sonhar, pois sabia que Aurélio detestava gatos. Pensava que era algum maladrinho que poderia estar a comer o cadáver e assustou-se. Pois bem, ela acordou do coma e só miava.
A porta abriu-se deixando que a equipa médica entrasse. Ao fundo o Director clínico. Os súbditos de Hipócrates espalharam-se pelas cadeiras para finalmente iniciarem a reunião.
- Então que caso clínico é esse que me querem mostrar?
Um dos médicos levantou-se da cadeira:
- Caro colega temos um caso bizarro e estranho com uma doente que esteve em coma durante algum tempo e quando acordou não falava…
- Perfeitamente natural… Queria o quê… que fizesse um discurso à nação, colega?
- Pois ela não fala… mas…
- Mas o quê Doutor? Desembuche…
- Nem sei como lhe dizer… caro Director…
Do fundo da sala uma jovem médica ergueu-se da cadeira e declarou:
- A doente mia…
Um silêncio. O Director ergueu-se devagar, saiu da cadeira e começou a passar a mão pela face. Depois:
- Ele está aí! Outra vez! Como pode ser possível?
Ninguém falava. O silêncio era quase tumular. Por fim esclareceu:
- Ao invés do que pensam este não é caso único.
- Ohhhhhh – responderam em uníssono.
- Já há uns anos tivemos um caso assim.
- E tem cura? - perguntou alguém.
- Tem. Eliminem os gatos da respiração dela. Verão que deixará de miar!
Era uma vez uma mulher que quando acordou do coma só miava...
Chegara numa manhã em que a tranquilidade fora repentinamente sacudida. As notícias chegavam dispersas e com grande imprecisão. Para o quem, como, porquê... ninguém parecia deter as respostas.
Os pacientes iam entrando em catadupa, uns pelos próprios pés, outros transportados em braços e macas improvisadas. O caos instalara-se e todos pareciam impotentes perante os olhares perdidos e confusos dos que ali chegavam.
Fora a última a chegar. As buscas já haviam sido canceladas pelo que encontrá-la debaixo dos escombros no último instante havia sido por si só um milagre.
Fora um pequeno gato cinzento quem dera o alarme. Miava incessantemente recusando-se a abandonar o local.
Os exames neurológicos e a tomografia nada revelavam. Tirando as escoriações e os hematomas no rosto, nada indicaria que tinha estado no local daquele trágico evento. Para todos, era como se simplesmente dormisse, tranquila e serenamente.
Era uma vez uma mulher que quando acordou do coma só miava
Nada dela se esperava
Mas acordou , e ,miou
Estranho caso foi o dela
Uma miuda tão bela
Que deixou de falar
Ainda muito atordoada
Voltou ao mundo coitada
Mas sempre, sempre a miar
Queria chorar, mas miava
E já muito desgastada
Percebeu que sonhava
Era uma vez uma mulher que quando acordou do coma só miava
Percebeu que essa mulher
Era ela mesma a sonhar
Que dum coma acordava
E invés de falar , miava
era uma vez uma mulher que quando acordou do coma só miava. entendia perfeitamente o que os outros humanos diziam, mas respondia em miados e estava convicta de estar a falar a mesma língua que os médicos e as enfermeiras. não tinha consciência de que só miava. experimentaram trazer-lhe uma gata e estiveram as duas a miar em amena cavaqueira. a mulher acordara com a capacidade de entender qualquer língua. ligaram ao marido para lhe dar a notícia de que a mulher tinha saído do coma e pediram-lhe para vir ao hospital o quanto antes. ele apareceu pouco tempo depois. os médicos explicaram-lhe a situação clínica da esposa e ele não disse uma palavra. correu para o quarto da sua amada. entrou no quarto e ladrou e a mulher e a gata bufaram-lhe.
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